segunda-feira, 4 de julho de 2016

TERMINAL HIDROVIÁRIO DE MOSQUEIRO



Mosqueiro vai ganhar novo terminal hidroviário

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 21/01/2016 20:05

  • / INFRAESTRUTURA / 21/01/2016 20:05

    A ordem de serviço para início das obras foi dada hoje (21), após reunião entre representantes dos governos federal, estadual e municipal


Utilizado para embarque e desembarque de pessoas, cargas  e demais gêneros necessários para a população, o porto da ilha de Mosqueiro será substituído por um novo terminal hidroviário que será integrado a outros portos do município e demais modais de transporte urbano. A ordem de serviço para início das obras foi dada hoje (21), após reunião entre representantes dos governos federal, estadual e municipal, além de deputados, vereadores e lideranças locais.
O terminal de Mosqueiro é parte do projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), com a parceria da Prefeitura de Belém que garantiu o projeto arquitetônico e o espaço para a nova construção. "O prefeito teve um papel decisivo para que a obra acontecesse, apresentando um projeto que respeita as características topográficas da área e atende as necessidades da população”, disse o representante do DNIT/AHIMOR – Administração das Hidrovias da Amazônia, Miguel Fortunato.
A obra está avaliada em cerca de R$ 4 milhões e irá gerar emprego e renda para a comunidade. "A empresa que vai executar os serviços garantiu que dará prioridade à mão-de-obra da ilha, gerando emprego para a população local", anunciou o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, após a apresentação do projeto.
O novo terminal terá um conjunto de estruturas modernas compostas por uma estação flutuante, um trapiche com plataforma e mirante com vista para a baía do Marajó, uma ponte entre o trapiche e a estação, tudo com cobertura para abrigar os passageiros, além de guichês, salas de espera, administração, lanchonete, fiscalização e sanitários. O projeto também está adequado aos movimentos de enchente e vazante da baía.
“Esse terminal será integrado ao projeto do BRT, se interligando as demais modalidades de transporte aquático e terrestre que está sendo implantado na cidade, a exemplo da linha Belém-Icoaraci”, explicou o prefeito.
O prefeito garantiu que durante o andamento das obras de construção da nova estação hidroviária, o uso do trapiche não será interrompido para não prejudicar a população.   
Para o morador da ilha, Eduardo Souza, a obra representa muito para a comunidade local. "Esse terminal será muito importante para alavancar o nosso desenvolvimento e para o crescimento do turismo na ilha. Esperamos que outros investimentos sejam feitos também", declarou o mosqueirense. 
O deputado federal, Lúcio Vale (PR), falou da importância da construção para a ilha. “Essa obra será um marco na história de Mosqueiro. Essa era uma luta antiga e hoje estamos aqui anunciando que Belém foi incluída na distribuição de recursos para realização desse projeto”, disse o deputado. Também estiveram presentes o deputado estadual, Renato Ogawa (PR), o agente distrital, Benedito Cavalero e os vereadores Mauro Freitas (PSDC), Professor Elias (PPS), Victor Cunha (PDT), Eduarda Louchard (PPS) e Wellington Magalhães (PPS).
Texto: Jaqueline Ferreira
Foto: Tássia Barros - Comus 
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
Fonte: http://www.agenciabelem.com.br/Noticia/120339/mosqueiro-vai-ganhar-novo-terminal-hidroviario

NOTÍCIAS

Instalação Portuária em Mosqueiro/PA retomará transporte fluvial

DNIT dá início às obras por meio da AHIMOR

porPublicado21/01/2016 18h04Última modificação21/01/2016 18h04
O DNIT, por meio da Coordenação Geral de Administração Hidroviária da Amazônia Oriental – AHIMOR,  deu início, nesta quinta-feira (21), às obras de construção da Instalação Portuária de Pequeno Porte na  ilha de Mosqueiro, distrito de Belém. Quando concluída, a obra possibilitará o retorno da linha regular de transporte fluvial e o transporte de pequenas cargas, melhorando o abastecimento da ilha, além de incentivar o turismo local.
           
Com a Instalação Portuária em Mosqueiro, a população vai contar com um ambiente seguro e urbanizado, incluindo terminal para abrigar os passageiros, guichês para venda de bilhetes de passagem, sala de espera,  administração, fiscalização, vigilância sanitária, guarda de volumes, lanchonete e sanitários. Outro benefício é a minimização dos feitos poluentes dos barcos que atracam.
O projeto a ser implantado também prevê a construção de estrutura de concreto armado para trapiche, cais flutuante, passarela metálica de acesso de pedestre.  Após a conclusão da obra, a administração da estrutura caberá à Prefeitura de Belém, que foi também foi responsável pela realocação de comércios existentes no local. 
Administração Hidroviária
Desde o segundo semestre de 2015, a Administração Hidroviária da Amazônia Oriental  - AHIMOR passou a integrar a estrutura do DNIT, Autarquia que tem atua nos modais hidroviário, rodoviário e ferroviário com o objetivo de implementar a política de infraestrutura do Sistema Federal de Viação, compreendendo sua operação, manutenção, restauração ou reposição, adequação de capacidade e ampliação mediante construção de novas vias e terminais.
Fonte: http://www.dnit.gov.br/noticias/instalacao-portuaria-em-mosqueiro-pa-retomara-transporte-fluvial
21.1.2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA - DNIT


  
11 Fev, 2016
Gustavo Dutra
A construção de um porto que atenda passageiros e cargas é uma reivindicação antiga da população de Mosqueiro. Mas moradores alertam: a instalação só interessa se o povo for a prioridade.
A situação do transporte público em Belém pode ser considerada, sem sombra de dúvidas, como uma questão bastante preocupante. Vias congestionadas, coletivos lotados e sucateados e ruas esburacadas são apenas alguns dos problemas encontrados. E se isso já causa transtornos para quem mora no centro da cidade, para população de outras áreas, como do distrito de Mosqueiro, a situação é quase de isolamento. Uma saída – até óbvia, considerando a geografia da cidade – seria o investimento no transporte fluvial, medida que começou a ser novamente planejada em 2016. Mas os recentes casos não bem sucedidos, como a lancha entre Icoaraci e o Ver-o-Peso, levantam a questão: será que isso pode dar certo?

 As obras da instalação portuária iniciaram em janeiro deste ano. Quando acabarem, o resultado será positivo?

No dia 21 de janeiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou as obras de construção da Instalação Portuária de Pequeno Porte de Mosqueiro, projeto orçado em R$ 4,6 milhões para a criação de um terminal de passageiros e transporte de cargas. O principal objetivo do projeto, segundo o órgão, é retomar o transporte regular de passageiros para a ilha. Após concluída, a obra será administrada pela prefeitura de Belém, que também ficou responsável pelo remanejamento de comerciantes que atuam no local das obras.
A volta do transporte regular para Mosqueiro é uma reivindicação antiga dos moradores. Além de diminuir o percurso, normalmente feito pela rodovia BR-316 e cortando os municípios de Benevides, Marituba e Ananindeua antes de chegar à Belém, a medida ajudaria as comunidades ribeirinhas da região.
“O turismo é bom, dá dinheiro, mas essa obra tem que ser voltada pra atender principalmente o povo, e não quem vem de fora”.
“Discutir a necessidade de um transporte fluvial em Mosqueiro nem faz sentido. É uma realidade gritante. Quem precisa ir para o centro todo dia, ou mesmo só vez ou outra, não pode depender de ônibus. Demoram para passar, pegam a BR engarrafada, atrasam. Não dá pra viver assim”, afirmou Nelma Rosa, diretora de uma associação de moradores do distrito. “Para os ribeirinhos, então, um porto é mais importante. O isolamento geográfico é maior, é necessário um ponto para escoar a produção, um transporte para levar os filhos para a escolas, ir para o médico. Pra viver mesmo”.
Apesar de reconhecer a necessidade da comunidade em ter novamente o transporte regular, Nelma avalia a nova obra na ilha como preocupante. “A gente quer o transporte, claro, mas temos que ver o que está sendo feito. Primeiro, nunca vi um remanejamento de comércio que desse certo pro trabalhador. Muita gente perde o trabalho, quem arranja espaço não consegue vender mais...”, afirma. “E vamos ver o como vai ser o transporte de passageiro. Horários, condições das embarcações, preços. O turismo é bom, dá dinheiro, mas essa obra tem que ser voltada pra atender principalmente o povo, e não quem vem de fora”. 

 Não só os moradores do distrito precisam de um transporte fluvial regular, mas também os ribeirinhos de comunidades próximas, que necessitam ainda de um porto para escoar a produção.

O pensamento da moradora de mosqueiro não é sem sentido. É difícil não relacionar a nova instalação portuária com a recente tentativa de um transporte de passageiros entre o Terminal Hidroviário de Belém, ao lado do Ver-o-Peso, com o distrito de Icoaraci, que conta atualmente com duas saídas: a rodovia Arthur Bernardes, estreita pista com pontos em que o limite de velocidade é de 40 km/h, e a avenida Augusto Montenegro, atualmente tomada pelas obras da pista do BRT.
“A população tem que se organizar pra conseguir um transporte público que seja pro público mesmo. Se é pra ninguém usar, melhor investir em outra coisa, né?”.
O serviço foi alvo de críticas da população desde o primeiro dia. Com apenas duas viagens, uma com saída de Icoaraci às 7h, e a outra com o caminho inverso às 17h, a lancha cobrava o valor de passagem à R$ 10 – mesmo preço cobrado em uma viagem para o município de Barcarena -, sem direito a gratuidade. A prefeitura chegou a anunciar que o transporte seria gratuito às quartas-feiras, mas o transporte foi suspenso após duas semanas de funcionamento, sem aviso prévio.
“Me diz que trabalhador pode sair de casa às 7h pro trabalho e vai estar às 17h no porto pra voltar pra casa? Ainda mais pagando R$ 10? E isso porque era em Icoaraci, pertinho do centro. E se inventam um projeto desse pra Mosqueiro? R$ 30 reais de passagem? Esse pessoal só quer fazer obra pra ganhar voto, pra gente rica”, completa Nelma. “A população tem que se organizar pra conseguir um transporte público que seja pro público mesmo. Se é pra ninguém usar, melhor investir em outra coisa, né?”.

Fotos: Kleyton Silva
http://www.outros400.com.br/urubuservando/3799

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